Há tempos psicólogos analisam, em ambientes controlados, como as expectativas e frustrações podem afetar as pessoas. Mas neste estudo (passe para o lado para ver), a equipe do Prof. Heller investigou os altos e baixos das expectativas humanas num contexto mais realista: notas dos exames de alunos de graduação!
Villano, pesquisador da equipe, desenhou o estudo para analisar as expectativas dos alunos em relação às notas que acreditavam que teriam nas provas. Os alunos enviavam à equipe a nota que esperavam obter (0 a 100) em cada exame e depois, as notas que haviam realmente tirado. A maioria esperava tirar notas melhores do que tiravam (viés de aprendizado otimista). Mas, um grupo de alunos se mostrou consistentemente pessimista ao longo do semestre.
Quando os alunos mais otimistas viam a pontuação mais baixa do que esperavam, corrigiram suas expectativas de forma adequada, sem exageros, e mesmo frustrados não foram pessimistas para os próximos exames. “Mas os mais pessimistas previam uma nota mais baixa ainda para os próximos exames, mesmo se a última nota fosse um pouco mais alta do que haviam pressuposto… o pessimismo generalizado impediu a correção das expectativas de forma adequada, imaginando um futuro negativo e gerando ansiedade” disse Heller.
“Consciente ou não, sempre criamos expectativas… quando as expectativas se frustram (erro), elas se tornam um ponto importante a ser usado como experiência para melhor planejamento do futuro” disse Heller.
Cada pessoa reage diferente ao enfrentar expectativas frustradas diante da realidade. Este estudo demonstrou que as mais otimista tendem a aprendem com os erros e seguir adiante. Já as mais pessimistas, podem remoer o erro e cair na culpa, entrando em um ciclo de emoções negativas: culpa – pessimismo – frustração.