Desde 2016, as diretrizes da Força Tarefa de Medicina Preventiva dos EUA disponibilizaram no site da American Heart Association (AHA) uma calculadora de risco cardiovascular (RCV) para avaliar a indicação do uso de medicamentos para baixar o colesterol (http://www.cvriskcalculator.com/).
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Se você colocar os seus dados nessa calculadora de RCV e o resultado em 10 anos for abaixo de 10 %, as diretrizes NÃO indicam o uso de medicamentos para baixar o colesterol, não importando quão alto for o valor total do colesterol, a não ser que o LDL seja maior do que 190mg/dl.
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Contudo, além do LDL maior 190mg/dL, para classificar quem poderia se beneficiar com medicamentos para baixar o colesterol, a calculadora leva em consideração outros fatores, tais como: diabetes, hipertensão arterial, tabagismo e se já infartou, tem stents ou se já teve algum evento cardiovascular.
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Entretanto, em uma nova revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados (ECR), os pesquisadores Dr. Robert DuBroff, Dr. @ lifestylemedicinedoctor e Dr Michel de Lorgeril apontam que não há benefícios consistentes em reduzir o LDL usando medicamentos. Ainda acrescentam: “Considerando que dezenas de ECR sobre redução do LDL não conseguiram demonstrar benefícios consistentes, é preciso questionar a teoria de que é necessário reduzir o LDL por medicamentos.” E concluem: “Na maioria dos campos da ciência, a existência de evidências contraditórias geralmente leva a uma mudança de paradigma ou modificação da teoria em questão, mas, neste caso, as evidências contraditórias foram amplamente ignoradas, simplesmente porque não se ajustam a atuais paradigmas”.