Há quem classifique a low carb como “dieta da moda”, já que nos últimos tempos ela ganhou destaque com o aumento de adeptos.
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É fato que “homo sapiens” não evoluiu comendo pão e macarrão. Muito menos, com vastas plantações de alface, banana e mandioca. Fomos caçadores coletores por cerca de 300 mil anos. A base alimentar com a qual evoluímos tinha pouco carboidrato. Agricultura como conhecemos hoje, que provém grãos, farináceos, açúcares industrializados e refinados, é algo muito recente na história da humanidade.
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Mas, mesmo ignorando este fato, é bom lembrar que há registros dessa “modinha” há mais de 150 anos como uma estratégia alimentar com alta densidade nutricional, eficaz para emagrecimento e promoção da saúde.
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William Banting, em 1863, escreveu o que foi provavelmente o primeiro livro de dieta para emagrecimento. Em “Carta sobre a Corpulência, endereçada ao Público”, o autor conta sua experiência pessoal sobre tentativas fracassadas para emagrecer, até finalmente obter êxito por mudar a qualidade do que comia.
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“(…) Os itens dos quais eu deveria me abster tanto quanto possível eram: pão, leite, açúcar, cerveja e batatas, que até então tinham sido os principais elementos da minha existência (…). Estes alimentos, disse meu excelente médico, contêm amido e matéria açucarada, tendem a produzir gordura e devem ser evitados completamente”, relatou Banting em sua publicação.
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Este depoimento foi escrito há um século e meio. Bem, se insistem em classificar Low Carb como dieta da “moda”, talvez seja interessante observar que está na moda há pelo menos 150 anos (ou seria 300 mil?).