Cerca de 12 ensaios clínicos estão em andamento testando o efeito da dieta cetogênica (DC) nas doenças mentais(DM):transtorno bipolar(TB), esquizofrenia, depressão e condições como anorexia, alcoolismo e transtorno de estresse pós-traumático. “Pesquisas e interesse clínico estão explodindo”, diz Dra. Georgia Ede(psiquiatra, Massachusetts)que usa DC nos pacientes há 10 anos.
“Não é dieta da moda. É intervenção médica”, diz Dr. Sethi, líder de pesquisas sobre DC na saúde mental.
Muitos dados sobre como DC afeta o cérebro vêm de pesquisas sobre epilepsia, Alzheimer e Parkinson que tem grandes semelhanças com DM (esquizofrenia, depressão e TB)como: inflamação cérebral, estresse oxidativo, disfunção mitocondrial e problemas com glicose e insulina.Medicamentos anticonvulsivos são regularmente prescritos p/ uma série de condições psiquiátricas, como o TB.Há associação de condições psiquiátricas e problemas metabólicos:altos níveis de açúcar no sangue, resistência insulínica, diabetes tipo 2, obesidade, hipertensão.Pessoas com DM têm maior risco dessas condições não somente pq medicamentos podem causar ganho de peso e outros problemas mas pq estes podem surgir antes mesmo da DM ser diagnosticada.
“Há tempos sabemos que há algo acontecendo no metabolismo cerebral de pessoas com DM graves…Não podemos dizer que exista uma relação causal, mas há muitas conexões que deveriam ser exploradas”, diz Dr. Öngür, chefe da divisão de Transt.Psicóticos do Hosp.McLean, prof. Escola Médica de Harvard.
Estes dados são fortes o suficiente p/ suspeitar que “problemas metabólicos podem ser mais do que apenas espectadores inocentes e podem desempenhar papel direto no desenvolvimento, gravidade ou evolução das condições psiquiátricas”, diz Ede.
“provavelmente se deve ao papel das mitocôndrias na manutenção das principais funções cerebrais…possivelmente as cetonas forneçam uma fonte de energia que supera a disfunção mitocondrial”(Andreazza, profa.farmacologia e psiquiatria Univ.Toronto).
“Estamos mudando a forma como a microbiota intestinal funciona e isso pode afetar comportamento e cérebro”(Kelly, profa. psiquiatria da Univ.Maryland, líder de estudo com pacientes esquizofrênicos).