Os ácidos graxos de cadeia curta (AGCCs) como acetato, propionato e butirato, são os principais metabólitos produzidos pela microbiota intestinal a partir da fermentação das fibras e do amido resistente presentes principalmente em vegetais e leguminosas.
A redução da concentração de butirato está associada à redução da produção de muco protetor da mucosa intestinal e a hipermeabilidade intestinal, resultando em inflamação e problemas imunológicos. Além disso, o butirato pode proteger os neurônios do estresse oxidativo, melhorar a cognição em pacientes com doença de Alzheimer e atuar no tratamento da epilepsia refratária.
Um estudo investigando a eficácia da dieta cetogênica terapêutica (DCT) na epilepsia refratária, descobriu que pacientes em DCT por 6 meses tiveram um aumento significativo nos AGCCs, encontrando evidências promissoras de que, por meio do eixo intestino-cérebro, mudanças específicas na microbiota e o aumento nos AGCCs, podem haver melhora na cognição e na saúde metabólica.
Soma-se a isso, uma quantidade crescente de pesquisas tem estabelecido efeitos neurológicos negativos associados à disbiose intestinal.
E cada vez mais se acumulam estudos sobre a influência dos AGCCs e da microbiota intestinal em doenças como depressão, Alzheimer, Transtorno do Espectro do Autismo, TDAH, bem como distúrbios metabólicos, como obesidade, diabetes tipo 2 e câncer.
Fonte: https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fendo.2020.00025/full