👉Como vou viver sem meu pãozinho pela manhã?
👉Mas eu não posso nem comer doce?
👉Como é possível não comer macarronada?
👉Não posso nem comer bolo?
👉O que é que eu vou comer?
👉Mas que vida sem graça ficar sem comer o que eu quero… Melhor morrer logo.
👉Se não puder comer a caixa inteira de bombom, prefiro nem provar.
👉Café sem açúcar não presta
👉Eu odeio fazer dieta!
Aposto que você já deve ter ouvido algo desse tipo. Ou até mesmo você já pensou algo assim….Mas será que esse tipo de pensamento é saudável?
Somos seres de vontades e desejos (sim, são coisas diferentes). Vontade é algo forte, consciente, objetivo. É potente, é cultivo, autoestímulo, é ter sentido. Desejo é impulsivo, é falta é carência, é ausência, é dor. Olhamos para uma roupa de grife, um carro de luxo, uma pessoa escultural e desejamos. Olhamos para nossa casa, nossos bens, as pessoas que amamos e queremos desejá-las. A vontade é querer querer. Quando temos consciência do que queremos conquistar, dos nossos objetivos, nosso querer é forte, a vontade impera e os desejos são controláveis. E o tal do “Eu poço, eu mereço”… Merece o quê? Adoecer? Ficar na cama até tarde e não cumprir seus deveres? Comer o que quiser, a hora que quiser, o tanto que quiser? Essa história de “amar a si mesmo” não significa “eu posso, eu mereço”.
A vontade, assim como o amor, cuida, educa. Desejos, assim como paixões, escravizam. Pais que amam não deixam o filhote enfiar o dedinho curioso na tomada só porque o bebê deseja. Ou brincar com a beleza do fogo. Ainda que o bebê chore e esperneie quando lhe for tirado o “brinquedo”. Vontade é os pais que cuidam e educam. Desejo é a criança que não tem noção do perigo. Não podemos fazer tudo o que desejamos. Já pensou o que pode acontecer se vivermos para satisfazer a criança mimada e birrenta que só quer a parte do prazer?