Depressão é uma condição delicada, requer diagnóstico médico e tratamento multidisciplinar bem orientado. E apesar de algo comum – 1 em cada 10 pessoas experimenta depressão ao longo da vida – ela ainda não é totalmente compreendida.
Muitas vezes pode parecer que a depressão acontece “do nada”, sem um motivo aparentemente específico. Mas além de fatores biológicos, genéticos, neuroquímicos terem um importante peso nos vários quadros depressivos, do ponto de vista psicológico, as experiências de perdas têm uma relação importante com as síndromes depressivas.
Pode ser uma perda significativa, como a de um ente querido, ou ainda a perda de emprego, moradia, status socioeconômico ou de algo puramente simbólico, como uma desilusão, frustração, perda de um sonho ou objetivo importante.
É comum encontrar pessoas deprimidas que ao atingir objetivos que lutavam há tempos para conseguir, descobriram que estes objetivos não lhes trouxe as recompensas emocionais que esperavam.
Certos elementos podem contribuir para uma maior suscetibilidade à depressão: crenças negativas sobre si mesmo, o mundo e o futuro, bem como padrões de pensamento disfuncionais, podem levar a um ciclo de pensamentos negativos que aumentam os sentimentos de tristeza e desesperança.
As crenças básicas sobre a vida, o amor, o trabalho, as formas de entender as reviravoltas da vida, são aprendidas nos primeiros anos de vida, mas muitas vezes podem estar ali no “piloto automático”, imperceptíveis à consciência.
E às vezes, por falta da consciência de como estes elementos afetam a vida, as pessoas podem sentir que não têm o direito de estarem deprimidas, sentir vergonha dessa condição, ou até pensar que é “sem-vergonhice” se sentir assim…
Mas grave isso: nenhuma dor é pequena!
Não negligencie suas dores. Busque ajuda!