A lactose é presente em todos os leites de origem animal, inclusive no leite materno. Apesar raríssima em recém-nascidos, a Intolerância à Lactose (IL) pode afetar pessoas em qualquer idade.
A IL acontece pela deficiência na produção da enzima lactase, responsável pela “quebra” da lactose em glicose e galactose. Esta deficiência tem um espectro que vai desde leve a severa. Quanto maior a deficiência na produção da lactase, menor é a quantidade de lactose que pode ser ingerida.
De acordo com estatísticas, o número de pessoas que digerem lactose costumam ser próximos de 0% dos americanos, 5% dos asiáticos, 25% dos africanos, 50% dos mediterrânicos e 90% dos europeus do norte. A Suécia tem o maior percentual de pessoas que digerem lactose.
No geral, mesmo quem tem IL severa pode ingerir pequenas quantidades de lactose sem sintomas significativos.
Além disso, pessoas com IL costumam tolerar bem os laticínios fermentados, alguns queijos, creme de leite e nata (que tem pequenas quantidades de lactose).
Os sintomas mais comuns da IL são: náuseas, diarreias, dores abdominais, gases e constipação intestinal. Há também alguns relatos (raros) de sintomas como dores de cabeça, enxaqueca, fadiga, eczemas e úlceras na boca.
Atualmente, para diagnóstico de IL temos:
🔎 Teste de hidrogênio no ar expirado: Após ingerir um líquido com altos níveis de lactose, mede-se a quantidade de hidrogênio na respiração em intervalos regulares. Expirar muito hidrogênio indica que não há boa digestão e absorção total da lactose.
🔎 Teste de tolerância à lactose: Após ingerir um líquido com altos níveis de lactose, colhe-se sangue para verificar os níveis de glicose. A interpretação do resultado tem como base a variação dos níveis de glicose após ingestão de lactose.
Lembrando que qualquer procedimento e diagnóstico devem ser feitos somente sob indicação e orientação médica.