Só para relembrar texto do @jcsouto
“Relatório da OMS, sobre o qual ABLC já se manifestou há mais de um mês. Traz um título sensacionalista:”Sim, pode – e deve”, referindo-se a carboidratos. Uma alimentação low-carb tem suas indicações, especialmente para diabetes, pré-diabetes, obesidade e síndrome metabólica. No entanto, se o objetivo for consumir mais fibras – argumento do artigo – uma alimentação LC seria ainda mais indicada. Releia o texto da @ablc.org.br: Recentemente, a mídia publicou matérias sobre um novo relatório da OMS a respeito dos benefícios do consumo de fibras para a saúde. O estudo sugere que o consumo de fibras deveria ser de pelo menos 25 a 25g, idealmente acima de 30g. Tal consumo estaria ASSOCIADO com redução do risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e câncer colorretal. Há que se salientar 3 pontos.
1) O relatório em questão não estudou dietas de baixo carboidrato. O assunto não era esse, e é bastante bizarro que low-carb tenha surgido no contexto dessa notícia;
2) Este tipo de estudo (de natureza observacional / epidemiológica) não é capaz de estabelecer causa e efeito. Em outras palavras, não é possível saber se comer mais fibras reduz o risco dessas doenças, ou se pessoas mais preocupadas com sua própria saúde (e que, portanto, têm menor risco de adoecer) optam por comer mais fibras;
3) Quem disse que uma alimentação low-carb é pobre em fibras?O item 3, é talvez o mais importante. Porque, mesmo que a fibra alimentar efetivamente fornecesse proteção contra doenças, este seria um motivo A MAIS para adotar uma alimentação LC, que tipicamente contém MAIS fibras do que a alimentação ocidental padrão. Pode parecer chocante para muita gente, mas pão integral e aveia são formas ineficientes de consumir fibras quando comparadas com vegetais de baixo amido, abundantemente presentes em dietas de baixo carboidrato.
👉🏻Neste estudo,
https://bmjopen.bmj.com/content/8/2/e018846,
dois cardápios low-carb distintos redundaram em 44 e 45g de fibra alimentar por dia, respectivamente. 👉🏻Se fibra realmente fosse importante (e não apenas ASSOCIADA com desfechos), a OMS deveria recomendar uma alimentação low-carb como PRIMEIRA opção.