As pesquisas sobre alimentos são dinâmicas e hoje em dia temos 5 tipos de AR:
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AR Tipo 1 – este tipo de amido é resistente porque está “preso” dentro das paredes celulares (cascas) de feijões, grãos e sementes. Moer ou triturar os alimentos pode deixar o amido mais fácil de digerir e será absorvido como amido comum.
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AR Tipo 2 – tipo de amido presente em batatas cruas, bananas verdes. Se for aquecido, vira amido comum e será absorvido como glicose.
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AR Tipo 3 – é chamado de amido retrógrado. Ele se forma quando batatas, grãos, arroz e leguminosas são cozidos e resfriados (geladeira ou freezer). Mas somente uma pequena parte do total de amidos desses alimentos cozidos e resfriados vai resistir à digestão (mesmo quando reaquecidos). As outras partes serão digeridas e absorvidas como amido comum (glicose).
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AR Tipo 4 – não existe na natureza. São os amidos industrializados como a fécula de batata e polvilho doce (amido da mandioca). Se aquecido, se transforma em amido comum e será absorvido como glicose.
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AR Tipo 5 – chamado de amilose-lipídio – é formado quando lipídios (gorduras) se ligam à amilose, deixando o amido mais resistente à digestão. Pode ser formado após o cozimento e resfriamento de farinhas de milho, arroz, trigo junto à algum lipídio. Ainda não existe para comercialização e os métodos de processamento, cozimento e armazenamento podem alterar suas propriedades, sendo ainda difícil avaliar quanto será absorvido como glicose.
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Todos alimentos de origem vegetal têm diferentes proporções de vários tipos de amidos. Por exemplo, leguminosas cozidas (feijões, lentilhas) têm cerca de 5 a 11% de AR1, podem formar até 15% de AR3 e variam entre 50 a 80% de amido comum (glicose) na sua composição. Pães, arroz e biscoitos têm até 95% de amido comum (glicose) e podem ter diferentes proporções de AR3 e AR5.