O perfeccionismo é como uma dívida que nunca é paga. Se caracteriza pela busca constante de excelência e perfeição em todas as áreas da vida. Há quem considere ser perfeccionista uma virtude, mas não é.
Perfeccionistas se concentram naquilo que mais desejam evitar: avaliações negativas e fracassos. São eternos autocríticos, julgando severamente a si e os outros, sempre encontrando falhas.
Perfeccionismo pode ser um forte fator de risco para depressão. Ao viver em pressão excessiva para atingir metas irrealistas, o perfeccionista sempre vai se frustrar. A tendência de constantemente se autoavaliar negativamente, leva a uma visão neuroticista da vida, cheia de inseguranças, sentimentos de inadequação e inutilidade. Além disso, o perfeccionismo pode levar à procastinação: por medo da impossibilidade de atingir a perfeição, a perfeccionista abandona tarefas sem concluir ou sequer tem capacidade de começar um projeto.
Mesmo ao atingir uma meta, a preocupação implacável com os erros leva o perfeccionista a uma eterna sensação de incerteza sobre seu desempenho e capacidade de realização.
A autoestima do perfeccionista depende da realização completa e excepcional dos seus objetivos – uma condição que, por definição, nunca poderá cumprir e ainda cria um ciclo sem fim: estabelece metas inatingíveis e ao não alcançá-las, cria outras metas mais altas ainda.
Se você identificou algum padrão perfeccionista, tente olhar as situações de forma mais realista e autocompassiva. É preciso identificar e aceitar suas próprias limitações, bem como a valorizar suas realizações e progressos, independentemente de quão pequenos elas possam parecer.
Pode ser difícil sair desse ciclo vicioso do perfeccionismo. Procure ajuda para identificar estratégias para lidar com seus pensamentos e emoções de forma mais saudável e realista.