Tenho recebido pacientes muito angustiados e preocupados com o Natal e as comemorações de final de ano. Apesar de sempre ter vegetais, frutas e carnes das mais variadas nessas ocasiões, muitos têm um medo enorme de não conseguirem se controlar perante tantas ofertas de doces açucarados e salgados cheios de farinha.
O que eu ajudo meus pacientes a fazer é se instalarem na realidade, ou melhor, racionalizar o medo, que surge frente ao desconhecido. E quando a gente racionaliza a situação, instalamos o imaginário na realidade, no concreto, o desconhecido acaba. Termina o medo!
Imagine-se no momento. No dia, na hora, visualize a mesa, os convidados, pense em como vai se divertir! Agora, selecione mentalmente o que vai comer e beber.
Muitas vezes comemos por impulso, só porque há a oferta. Mas, vale a pena comer algo que nem gosta tanto assim? Aquele panetone esquisito, com recheio duvidoso, cheio de gordura hidrogenada. Para que comer? Um monte de salgadinho encharcado de óleo de soja sem recheios que você aprecia; para que comer?
“Ahhh Paty, mas eu gosto disso tudo aí”.
Então, faça valer cada gota de insulina e deguste um pedaço pequeno do que você REALMENTE gosta. Pequeno sim! Não precisa comer um monte para experimentar e saciar a vontade daquele momento. Pergunte-se: qual a diferença do gosto de um brigadeiro para o gosto de 20 brigadeiros? NENHUMA. Aliás… o primeiro é sempre o mais gostoso.