Uma pessoa que tem diabetes é incapaz de lidar com glicose de forma adequada. O aumento da glicose no sangue é o fator comum de todos os tipos de diabetes.
Hoje, vivemos uma epidemia de diabetes. Um terço dos brasileiros tem diabetes, mas estes são só os diagnosticados. Há uma estimativa de que 46% da população do Brasil têm diabetes, mas não sabem.
Isso porque, no caso do diabetes tipo 2 (DM2), a é doença silenciosa. Os níveis de açúcar (glicose) no sangue podem estar altos e a pessoa não sente nada. Já no diabetes tipo 1 (DM1), os sintomas mais frequentes são sede e fome em excesso, fazer muito xixi, cansaço, visão turva, perda de peso, cãibras.
Mas o que causa diabetes?
- Pouca ou nenhuma insulina (o pâncreas não produz insulina ou produz muito pouco. Caso de DM1)
- Resistência à insulina (RI)
- As duas situações (pacientes que estão com excesso de peso podem ter DM1 e RI)
Como tratar?
Se o problema é a incapacidade de lidar com a glicose, o primeiro passo é corrigir a alimentação.
Desde 2018, a ADA (Associação Americana do Diabetes) e a EASD (Associação Europeia para Estudo do Diabetes) publicaram um consenso colocando Low Carb como uma das estratégias nutricionais padrão para diabetes tipo 2 e, nas diretrizes de 2019, a ADA ressalta:
- DIETA pode promover redução da hemoglobina glicada (A1c) tanto quanto medicamentos (DM2) ou até reduzir MAIS do que medicamentos.
- A quantidade de carboidratos necessários para dieta humana é desconhecida…. E as necessidades energéticas do cérebro podem ser providas por gliconeogênese e cetogênese no contexto de uma dieta Very low-carb.
- Vantagens da LC: redução A1c, perda de peso, redução da pressão arterial, aumento do HDL, redução dos triglicerídeos.
- Reduzir a quantidade total de carboidratos para indivíduos com diabetes é a estratégia que mostrou a maior quantidade de evidências para melhorar a glicemia e pode ser aplicada em uma variedade alimentar de acordo com a necessidade e preferencias de cada indivíduo.
- Reduzir a gordura total não melhorou a glicemia ou fatores de risco cardiovascular em pessoas com diabetes tipo 2.
- Low-carb e especialmente Very low-carb (Cetogênica) têm demonstrado reduzir a A1c e a necessidade de medicação no diabetes. Estes padrões alimentares estão entre os mais estudados no DM2.
Se você conhece alguém que foi diagnosticado com diabetes ou pré-diabetes, encaminhe esta postagem. São inúmeros casos de reversão de DM2 com uma dieta Low-carb e Cetogênica (https://care.diabetesjournals.org/content/41/12/2669)
Tabela resumida de ensaios clínicos randomizados comparando dietas com baixo teor de carboidratos com menos de 130g de carboidratos por dia com dietas com pouca gordura com menos de 35% de gordura do total de calorias com participantes de diabetes tipo 2, compilado pela Public Health Collaboration (https://phcuk.org/t2d/) (https://www.diabetesatlas.org/en/resources/).